O texto que hoje publicamos não é da nossa
autoria e encontra-se em:
CML
revista.
Dezembro 2009 nº 74 Lisboa: Câmara Municipal – Direcção Municipal dos Recursos
Humanos e Divisão de Comunicação e Imagem, Design Divisão de Comunicação e
Imagem, págs. 14-15
Quando, na última década do século XIX, se começou a rasgar a Avenida Rainha D. Amélia (actual Almirante Reis) a partir da Rua da Palma, um proprietário de terrenos da zona, Manuel Gonçalves Pereira de Andrade, fundou uma urbanização (hoje Bairro Andrade, acima do local onde o Regueirão dos Anjos cruzava a Avenida, confinando com a Mouraria (Intendente e Olarias) e chegando quase à Charca. O bairro ostenta topónimos de senhoras da família do fundador, como é o caso das Ruas Andrade, Maria, Maria Andrade e Palmira e localiza-se na base do monte de S. Gens, entre as actuais Ruas Maria da Fonte e Forno do Tijolo e a Avenida.
Um pouco mais acima da Charca, na base da Penha de França, um outro proprietário de terrenos no local, o comerciante Brás Simões, decidiu-se a construir também o seu bairro, durante as duas primeiras décadas do século XX. O início das obras foi acidentado, com prédios a colapsarem ainda durante a sua construção, o que levou à alteração das técnicas construtivas. Inicialmente chamado Bairro Brás Simões, mudaria de nome por conveniência política nos tempos finais da I Grade Guerra, em que Portugal se envolvera em 1916: tomou o nome de Bairro de Inglaterra, em homenagem à nação aliada (pela mesma altura, outro bairro mais oriental, o Bairro da América, junto ao Vale de Santo António, colhia o nome de outro aliado). As suas ruas levam nomes de cidades e de poetas ingleses.
Finalmente, na zona deixada livre junto à Charca, entre um e outro dos referidos bairros, o Município tomou a iniciativa de lotear uma nova urbanização, na base do Monte Agudo e cujo traçado sacrificou a Azinhaga da Charca e o Caminho do Forno do Tijolo (os vestígios deste último topónimo estão na actual designação da Rua do Forno do Tijolo e numa chaminé remanescente do antigo forno). Apresenta edifícios seriados em estilo pós Arte Nova, construídos ao longo dos anos 20, (sic) e outros mais recentes, em estilo Arte (sic) Déco e modernista, cuja edificação se prolongou até finais dos anos quarenta. Recebeu o nome de Bairro das Colónias em consonância com o espírito de celebração nacionalista que então se vivia. Assim, as suas ruas receberam nomes como Guiné, Zaire, Angola, Macau, Timor, Moçambique ou Cabo Verde.
No topo do Bairro das Colónias, uma praça (actual Praça das Novas Nações) junto à encosta do Monte Agudo, acolheu uma escola primária camarária que concilia os estilos “neo-casa portuguesa” (sic) e modernista e um jardim que celebrava o Império, ostentando os escudos com os brasões das então “províncias ultramarinas” um flores e plantas laboriosamente jardinadas pelo pessoal municipal.»
Sem nos debruçarmos muito sobre o conteúdo
total do texto publicado, visto o nosso foco de interesse ser o Bairro das
Colónias, os sic que acrescentámos ao
mesmo servem apenas para chamar a atenção para a falta de rigor científico do
que nele se escreve. Já agora, pena que a última frase não seja verdadeira de
há muitos anos a esta parte. Sem mais comentários.
Inicialmente chamava-se "Bairro do Ultramar"
ResponderEliminarCara Manecas,
ResponderEliminarEm primeiro lugar as minhas desculpas por só agora estar a responder ao seu comentário, mas o tempo escassaeia para quem tem outros afazeres. Confesso que ainda não encontrei essa referência toponímica associada à totalidade do bairro, antes e apenas aplicada à actual Praça das Novas Nações. Mas já agora, que faço intenção de retomar com maior regularidade este blogue, tratarei de averiguar melhor. Aproveito para a informar que foi criada uma comissão de moradores do Bairro das Colónias, e, caso por cá habite, gostariamos muito de poder contar consigo. Darei notícias sobre a dita comissão em breve.
Cumprimentos
Habito, pois. Com vários nicks, até e a minha família inaugurou o prédio onde eu moro.
ResponderEliminarPode contactar-me por este email: mmcb.ar.co@gmail.com
ResponderEliminarEmbora seja um tnto como o Grouxo, no que respeita a clubes e grupos, gosto demasiado do meu bairro para recusar participação na sua defesa.